Já de cara, antes de começar, vou confessar que talvez seja um dos posts mais difíceis que já fiz aqui no blog. Já pensei e repensei umas dez vezes em como começaria, o que eu escreveria pra ela… como homenagear alguém com quem eu tenho tanta afinidade e ao mesmo tempo, já passou tanta coisa comigo?
Conheci a Valéria há quase 5 anos, pouco depois que meu sobrinho nasceu. Quer dizer, eu já a “conhecia” de grupos de tags de assinaturas, mas foi quando eu me interessei por Scrapbooking Digital que eu realmente “a conheci”. Ela foi uma das primeiras pessoas com quem fiz contato no “mundo do Scrap”. Ela já era famosinha e eu uma reles interessada, que não sabia fazer absolutamente nada, a não ser umas “montagens” toscas com fotos do sobrinho.
A conheci através do curso que ela dava. Acho que eu era a aluna mais relapsa, eu não fazia nenhum dos exercícios dela. E, como contei pra ela depois, achei que ela era velha [não me perguntem o porquê disso]. Quando a vi por foto pela primeira vez, tomei um susto ao ver que ela regulava idade comigo.
Logo eu fui me interessando mais por scrap, mas nossa amizade ainda não era tão intensa. Conversávamos, mas éramos companheiras de hobby somente. Foi ela quem me deu a primeira oportunidade de vender em loja de scrap, e isso eu nunca vou esquecer.
O tempo foi passando, entramos no Twitter mais ou menos na mesma época, e com isso o contato foi ficando maior. Daí passamos pra MSN, as afinidades aumentando, coisa natural mesmo. Em 2009, eu resolvi ir à São Paulo pra particpar de uma Feira de Scrapbooking e foi ela quem me ciceroneou, me pegou no aeroporto, passou o dia todo comigo e foi minha cúmplice em “assuntos internos”.
A partir dali, mudou tudo. Eu sempre digo que uma amizade virtual é maravilhosa, mas que depois que vc pega na pessoa, abraça, sente o cheiro, tudo muda!!! Dois meses depois da Feira, eu voltei à São Paulo pra um fim de semana, fiquei na casa dela, e era como se fôssemos amigas de muitos anos. Me identifiquei totalmente com a família, com Bruno [que já era um garotinho adorável] e com Carlos, marido dela, que é ÓBVIO, não perdeu tempo em me sacanear e me fazer sentir em casa.
No meu aniversário, em janeiro de 2010, recebi telefonema dela, pra dar os parabéns, mas recebi também uma notícia que ia mudar o rumo da nossa amizade. Ela me disse que ia tentar engravidar novamente e me disse que queria que o bebê fosse meu afilhado. Eu tava tomando banho e dei um grito [nem sei se ela lembra disso]. Foi o melhor presente de aniversário que eu recebi, de verdade.
Mas 2010 foi um ano difícil pra nós duas… passamos por alguns percalços e eu achei que a amizade não seria mais a mesma. Foi difícil, foi doloroso, e não foi fácil reconstruir. Mas chegou um ponto da coisa toda em que nós paramos e reconsideramos. Paramos e vimos que valia a pena, que nos gostávamos e que ninguém podia mudar isso, nem interferir. Que só dependia de nós duas. E conseguimos!
Ela demorou pra engravidar, e eu confesso que já não sabia mais se eu seria madrinha do bebê. Deixei isso claro a ela, que ela poderia voltar atrás na decisão, já que tivemos os nossos problemas. Mas quando ela engravidou, a primeira coisa que ela me disse foi “cadê a madrinha desse bebê pra comemorar comigo?”
PAUSA PRO CHORO…
Hoje, depois de tudo que passamos, não tem um só dia que não nos falamos. E eu agradeço a Deus por ter me dado uma segunda oportunidade. Porque Valéria é hoje fundamental na minha vida, uma amiga como poucas que tive em 33 anos de idade, minha molé. Ela não quer saber se eu estou certa ou errada, ela chega na voadora pra me defender em qualquer ocasião. Ela grita, esbraveja e sai ensandecida se alguém faz algo comigo. Ela é assim, passional e brigona, e eu admiro isso nela.
Agora falta pouco pra nossa Isabela nascer. O presente mais lindo que Deus podia me dar, que representa a união entre duas amigas, o perdão, a reconciliação. Isabela será muito amada pela família dela, mas será ainda mais amada por essa madrinha, e um dia eu contarei a ela o motivo de tanto amor…